Queremos garantir que todos aqueles com quem nos relacionamos escolhem a PLMJ numa decisão informada. Para isso, produzimos anualmente, desde 2020, o nosso Relatório de Sustentabilidade. Não pretendemos criar um mero documento mas uma janela que mostre o nosso compromisso e desempenho na sustentabilidade e que ofereça aos nossos stakeholders, desde colaboradores a clientes, parceiros e fornecedores, uma visão clara do impacto da PLMJ no mundo.
Este Relatório conta uma história que se iniciou na edição de 2020 e que continuou na edição de 2021, ambas disponíveis aqui. Este é o terceiro Relatório de Sustentabilidade construído com base na análise de materialidade que sustenta a Estratégia de Sustentabilidade trienal 2020-22. Nesse sentido, os temas-chave mantêm-se inalterados: (i) saúde mental e bem-estar, (ii) diversidade e inclusão, e (iii) responsible business.
A relação simbiótica entre estas três áreas prioritárias tem vindo a criar um ecossistema em que dar palco a diversas vozes e à promoção da saúde mental e bem-estar, alimentam tomadas de decisão éticas, inovação e ações responsáveis. Ao longo deste Relatório explicamos como.
Tendo por base estas 3 áreas, foram assumidos compromissos com metas associadas que são monitorizadas e reportadas neste documento. Publicamos o nosso desempenho nas dimensões económica, social e ambiental com base na metodologia e indicadores da Global Reporting Initiative (GRI). Nesta edição, deixamos evidente o progresso feito ano após ano nas métricas consideradas chave na nossa atividade, identificando aquelas que se destacam pela positiva ou pela negativa. Mantemos também a monitorização dos compromissos assumidos, adicionando informação sobre as iniciativas associadas a cada um quando relevante.
Sabemos que a sustentabilidade é um caminho no qual ainda temos muito pela frente. Comprometemo-nos a partilhar o nosso trabalho publicamente, ano após ano, sempre com a mesma honestidade e ambição de reportar mais e melhor.
Tendo chegado ao fim deste ciclo estratégico 2020-22, no próximo ano iremos reconduzir uma auscultação de stakeholders sobre a sua visão do nosso papel na sustentabilidade. Esta resultará numa nova estratégia orientada pelos temas prioritários identificados e consubstanciada em novos compromissos para o ciclo 2023-25.
Este Relatório de Sustentabilidade contempla o período de tempo entre 1 de janeiro de 2022 e 31 de dezembro de 2022. Estamos sempre disponíveis para ouvir questões, sugestões ou comentários sobre este Relatório e sobre o nosso trabalho - por favor não hesite em partilhá-los connosco.
Numa profissão tão dinâmica e exigente como a nossa, a procura pela excelência pode rapidamente perturbar o balanço entre as prioridades profissionais e pessoais de cada um. Na PLMJ, vemos o bem-estar das nossas pessoas como uma obrigação de responsabilidade corporativa e como condição fundamental para a sua capacidade de prestar o melhor serviço aos nossos clientes.
O nosso compromisso em promover a consciencialização para a importância da saúde mental e assegurar o bem-estar no local de trabalho passa por fornecer os recursos, apoio e ambiente seguro para que as nossas pessoas consigam gerir o stress e manter o equilíbrio nas várias dimensões da sua vida pessoal e profissional, atingindo o seu máximo potencial.
O impacto destes esforços não se esgota no bem-estar das nossas pessoas. Por um lado, influencia a cultura de inclusão na organização: uma equipa que está mental e emocionalmente saudável está mais disponível para abraçar diferenças, dialogar e promover uma cultura de empatia e compreensão, onde o bem-estar se torna uma responsabilidade partilhada. Por outro lado, assegura a nossa integridade na prática de Responsible Business: sendo nós consultores jurídicos dos nossos clientes em práticas de Responsible Business, é nosso dever apresentarmo-nos como um exemplo das mesmas, nomeadamente na satisfação e produtividade da nossa equipa.
Na PLMJ temos uma estratégia integrada, com projetos dentro das equipas pensados a longo prazo para a promoção de um ambiente de trabalho em que pessoas e negócio prosperam de forma sustentável. 2022 foi um ano de consolidação deste caminho, no qual destacamos a revisão profunda às nossas políticas internas de parentalidade e flexibilidade, em que aumentámos os benefícios dos nossos colaboradores.
Criámos uma nova função totalmente separada dos responsáveis dos departamentos para a qual selecionámos criteriosamente as pessoas certas para terem a proximidade necessária, eliminando simultaneamente as barreiras hierárquicas, e criando um espaço de partilha sem filtros. Esta nova função são os People Advocates.
Estas pessoas receberam formação específica para identificarem mais facilmente sinais de burnout, depressão, ansiedade e outras perturbações da saúde mental. Até agora, as principais funções que desempenham incluem analisar os relatórios mensais de horas de trabalho das equipas, promover a criação ou revisão de políticas internas, e sistematizar o feedback anónimo recolhido em conversas informais. Este feedback é partilhado internamente com decisores que possam tornar esse feedback acionável.
Os People Advocates são um novo canal de comunicação que se tem mostrado crucial na identificação e correção precoce de preocupações das nossas equipas, evitando que evoluam para um problema de maior dimensão.
No entanto, continuamos a procurar formas alternativas de ouvir as nossas pessoas de forma contínua, em escala, e com ainda maior discrição.
Em 2023, será criado um inquérito mensal para ser enviado a todos os colaboradores no sentido de auscultar o clima organizacional em diversas vertentes, nomeadamente volume, gestão de trabalho e o seu impacto no bem-estar das equipas.
Ao fomentarmos um ambiente inclusivo onde todos nos sentimos não apenas acolhidos mas valorizados, criamos um espaço de trabalho onde todos podemos crescer e prosperar, assegurando o nosso bem-estar e saúde mental. Garantir que cada um, com as suas características e condições individuais, se sente respeitado, ouvido e apoiado é condição determinante para garantir o bem-estar e saúde mental de todos.
O nosso compromisso com a diversidade e inclusão é também basilar nas nossas práticas de responsible business. Considerar diferentes perspetivas e experiências leva a melhores processos de tomada de decisão e soluções inovadoras para os nossos clientes, tornando o nosso negócio mais competitivo e sustentável.
Estamos atentos e comprometidos em promover a diversidade e inclusão nas suas várias vertentes. No entanto, a nossa realidade obriga-nos a manter como prioridade o equilíbrio de género: em 2022, as mulheres representavam 30% a nível de partners. Estamos orgulhosos do caminho percorrido mas o trabalho não está terminado.
Entre várias iniciativas, promovemos Conversas Soltas, onde partilhámos experiências que ajudaram a encarar as dificuldades sob outros prismas, e criámos a figura do People Advocate, para questões relativas a bem-estar e saúde, condições de trabalho ou outras. Temos feito um excelente caminho e podemos mesmo ponderar iniciativas mais abrangentes, com foco na deficiência mental e física/motora. Afinal de contas, "somos feitos de transformações". É a nossa assinatura.
Propusemo-nos a encontrar novas formas de criar uma cultura forte que nos una, que aumente o bem-estar das nossas pessoas e que reconheça que as suas circunstâncias e características impactam a sua vida no trabalho de formas diferentes.
Apenas uma abordagem informal criaria o espaço seguro para que as nossas pessoas se abrissem a falar de temas como ser mãe, ser pai, ser mulher, viver sozinho/a, ser parte da comunidade LGBTQ+, sofrer de uma doença crónica, ou ter uma família numerosa. Decidimos experimentar algo muito simples que permitisse a participação de todos. Em conversas abertas, um(a) sócio(a) da PLMJ colocava-se disponível para ouvir opiniões em vários tópicos.
As ideias passaram à prática - implementámos várias mudanças que resultaram do feedback das nossas pessoas. Por exemplo, em resultado de uma das conversas, a nova política de prémios garante que quem usufrui de licença de parentalidade recebe um prémio anual igual ou superior ao ano anterior e pago na totalidade.
Fizemos um longo caminho, ainda que inacabado, no sentido da equidade de género. Ainda assim, estamos conscientes de que a diversidade é muito mais do que género – estende-se à religião, crenças, etnia, idade, condição física e mental, origem socioeconómica, orientação sexual.
Por um lado, faltam-nos os mecanismos para abordar a diversidade já existente na nossa organização de forma informada e estruturada. Um exemplo disso é a diferença de idades dentro das nossas equipas. Para garantirmos que essa diversidade cria valor, é necessário criar uma cultura inclusiva e colaborativa que valoriza as várias experiências e perspetivas de cada faixa etária.
Por outro lado, sabemos que outros grupos sub-representados da sociedade não têm acesso facilitado aos nossos processos de recrutamento. Nesses casos, cabe-nos procurar canais de recrutamento alternativos aos tradicionais, tal como já começámos a fazer em parceria com a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), na contratação de duas pessoas com síndrome de Asperger. Esta é uma prática que podemos fazer crescer internamente.
Em 2022, vimos a equidade de género a recuar ligeiramente para os valores de 2020 na representação de mulheres nos níveis de maior senioridade.
Os números mostram claramente uma representação feminina muito significativa na base que se inverte no topo da pirâmide. Continuamos a trabalhar para alterar esta tendência.
Fazer negócio de forma responsável é uma obrigação transversal a todas as áreas de uma organização. Na PLMJ, o nosso foco começa ‘dentro de casa’. Algumas das nossas preocupações atuais passam por ter um processo de seleção de fornecedores com base em critérios ESG1, uma liderança representativa de equidade de género, processos de avaliação de desempenho justos e transparentes, oportunidades de formação e desenvolvimento pessoal e profissional, uma cultura organizacional promotora de bem-estar, e um papel ativo na mitigação das alterações climáticas. Desta forma, o tema prioritário responsible business vem reforçar os nossos compromissos com a diversidade e inclusão e contribuir para a saúde mental e bem-estar das nossas pessoas, criando uma abordagem holística à sustentabilidade.
Ao mesmo tempo, na vertente externa, estamos conscientes da nossa posição privilegiada para promover uma influência positiva junto dos nossos clientes, parceiros e sociedade em geral. Nesse sentido, fazer negócio de forma responsável estende-se também a alavancar os nossos recursos, know-how interno e reconhecimento no setor para acelerar o seu contributo para uma economia sustentável.
Fazemo-lo em 4 vertentes: no nosso trabalho com organizações sociais (fornecendo serviços de assessoria jurídica pro bono, voluntariado e apoio filantrópico); partilhando a nossa experiência em fóruns e palcos relevantes em conjunto com outras empresas; oferecendo workshops em escolas e sessões de esclarecimento sobre o acesso ao direito e literacia jurídica; e por fim, mas não menos importante, através da nossa área de negócio de responsible business em que assessoramos empresas em temas ESG.
Com uma definição clara dos eixos em que pretendemos atuar para acrescentar valor à nossa comunidade (interna e externa). Destaque para a assessoria pro bono, na qual se verificou um crescente apoio a entidades da economia social a desenvolver projetos de elevado impacto "dentro e fora de portas", mas também internamente aos nossos colaboradores. Para 2023 o objetivo passa por consolidar esta atuação em todos os nossos escritórios (do Porto a Luanda), em particular nos eixos do voluntariado e promoção da literacia jurídica.
O entusiasmo e motivação das nossas equipas para participarem em serviços pro bono tem sido crescente.
Para isso contribuíram algumas medidas, como a inclusão de objetivos quantitativos e qualitativos relacionados com responsible business na avaliação de desempenho dos colaboradores e o envolvimento, sempre que possível, de sócios/as nos projetos pro bono.
Estas foram apenas medidas catalisadoras de uma adesão que já decorria do interesse natural das nossas pessoas em usar o seu tempo e conhecimento para contribuir para causas como a mobilidade social, inclusão financeira, igualdade de género, e o diálogo intercultural, em comunidades em Portugal, Angola, Moçambique, e São Tomé e Príncipe.
Estando a área de impacto social centralizada no escritório de Lisboa, são necessários esforços adicionais para envolver todos os colaboradores dos nossos restantes escritórios nas iniciativas criadas.
Uma das medidas já adotadas para esse efeito foi a identificação de um focal point em cada escritório responsável pela promoção de iniciativas a nível local e mobilização dos colaboradores.
Ainda assim, é necessário consolidar esta atuação nos escritórios do Porto, Faro e Luanda. Em 2023, esse será um dos principais focos do nosso trabalho.
Na PLMJ, estamos empenhados em comunicar de forma transparente e responsável o nosso desempenho ESG. Como parte deste compromisso, inspirámo-nos na estrutura da Global Reporting Initiative (GRI), que é reconhecida como uma das principais normas para a elaboração de relatórios de sustentabilidade. Apesar de termos utilizado a GRI como referência orientadora, é importante notar que não procurámos o cumprimento total das normas mas sim o reporte dos indicadores mais relevantes para atividade e dimensão da nossa organização.
Personalizámos a nossa abordagem ao reporting de forma a alinhar com as nossas prioridades específicas, permitindo-nos focar nos aspetos da sustentabilidade que são mais significativos para nós e para os nossos stakeholders.
GRI Disclosure